segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mundos internos, mundos externos

Este documentário é incrível! (assisti esta semana, num retiro na UNILUZ)
Sintetiza o conhecimento de diferentes linhas filosóficas e espirituais para tratar sobre o mistério da existência. Vale a pena!
Esta dividido em quatro partes, eis o primeiro:

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Vai Florescer - Piracanga (BA)

"O mundo hoje está da forma que tá
porque vem refletindo o interior de cada ser humano.
Não tem nada fora que seja diferente do interior de cada um."

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..
...

"Vai florescer, o ser divino que está dentro de você.
Vai florescer, vai florescer..."





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Visite: www.piracanga.com

terça-feira, 8 de julho de 2014

Festival Mundial da Paz: um sonho

Sonho um dia poder ver com meus próprios olhos (na TV, na internet, por todo canto do Planeta) um Festival Mundial da Paz! Onde não haverá competição por valores egoístas. Mas haverá um ganhador: o Universo ganhará uma nova nação, unida, consciente da energia que faz pulsar a vida como uma canção... 

Imaginem um festival, com seres de cada canto do nosso globo se apresentando, trocando sabedoria-poesia, através das diversas artes (do corpo, da mente e do espírito) para celebrar o florescimento da verdadeira paz mundial e do amor incondicional.

Podem chamar de utopia, de sonho-fantasia, mas isto sim, valeria cada arrepio na espinha.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Amor e Liberdade

Um laço amoroso muitas vezes se mostra desafiante pois nos leva a mergulharmos em nós mesmos; e a percebermos as teorias que andam sem força na prática: como a de viver e valorizar nossa liberdade, na mesma medida em que respeitamos a liberdade e a singularidade do outro.

Nos ajuda a perceber os padrões e condicionamentos que se repetem e que dificultam o fluxo de energia do corpo-espírito; a refletir que o segredo não está na luta contra as sombras, mas sim, na persistência e na consciência da luz que dissolve qualquer poeira (de insegurança, possessividade, ciúmes ou medo), através do poder do Amor incondicional.


Nesse processo de autoconhecimento, o primeiro passo é a própria percepção, de que os problemas não vêm do relacionamento ou do outro, mas da nossa mente e coração; o segundo passo é a ação: trabalhar internamente e constantemente para sentir a força interna se expandir e clarear... E nos momentos de queda, ou de tristeza diante das repetições, se perdoar em primeiro lugar, pois estes padrões são antigos, possuem raízes que insistem em desabrochar.


É preciso nos alimentarmos de paciência, até chegar o momento em que relembraremos (não só com a mente, mas também com o corpo e espírito, integrados) da nossa essência livre e amorosa, em que o passo, na realidade, não precisa de esforço nenhum: acontece espontaneamente, repleto de luz da verdade, onde se vive o laço de Amor com raiz na liberdade. 

Revolução espiritual por Prem Baba

"A compreensão ilumina o perdão. O perdão ilumina a aceitação. A aceitação ilumina a gratidão. E a gratidão ilumina a liberdade. Isso tudo são aspectos do amor. São notas do perfume do amor. Enquanto você não é arrebatado pelo amor e pela gratidão, quando não é possível ainda ser consumido por esse fogo que te leva aos reinos celestiais, você pode fazer uso da vontade consciente e procurar dentro de você razões para agradecer. Através da vontade consciente você pode começar a estabelecer uma sintonia com essa virtude. Essa é uma forma de abrir passagem para ela.
Eu sinto que temos uma razão para agradecer por essa permissão da existência de estarmos aqui reunidos num momento tão auspicioso como este. Esse é um momento verdadeiramente auspicioso. É o momento de uma grande mudança no ciclo do tempo. Essa grande mudança acontece dentro de cada um de nós. Mas, essa mudança dentro, inevitavelmente se reflete no coletivo. Nós estamos iniciando um novo ciclo do tempo, e vamos perceber essas mudanças gradativamente.
Na década de sessenta muitos estavam ansiosos, aguardando a Era de Aquário. Havia uma data prevista, na qual aconteceria um raro alinhamento planetário. Alguns acreditavam que seria o fim do mundo. E parece que de fato o mundo acabou ali, pois, naquele momento, terminou um ciclo da evolução e iniciou-se uma nova fase. Houve a revolução sexual e a tomada de consciência da necessidade de rever a posição do feminino no mundo. As mulheres ganharam bastante espaço, principalmente no mundo ocidental, o que vem refletindo para todos os demais continentes, para todas as partes do mundo. Também nessa fase, muitas visões espirituais se manifestaram através da ciência, o que possibilitou uma radical mudança na história do planeta.
A revolução sexual fez com que toda a energia sexual viesse para fora e possibilitou que essas coisas acontecessem. Mesmo que a energia sexual ainda não tenha atingido o seu objetivo final que é o coração (que é fundir no amor), esse caminho foi aberto. Os alicerces para a nova era foram construídos.
Eu sinto que hoje tem início um novo estágio. A revolução que começa agora é espiritual. Durante os próximos anos, nós vamos assistir uma verdadeira revolução espiritual. Nós veremos a espiritualidade se manifestando nas diversas áreas da vida. Esse é um fenômeno que vai acontecer também gradativamente. Essas frequências de luz serão expandidas para o mundo através de vocês; através daqueles que estiverem podendo sintonizar-se com essa frequência de luz.
Muitos de vocês já estão podendo colocar dons e talentos em movimento, ou melhor, muitos estão podendo colocar o amor em movimento através dos seus dons e talentos. Mas, a grande maioria ainda com muito esforço, porque as forças contrárias à evolução ainda são muito intensas nesse plano. Eu posso sintetizar dizendo que essas forças contrárias são basicamente medo e ódio, que são o oposto do amor. A antítese do amor se desdobra no medo e no ódio. Esse é o anticristo. Cristo é o amor; o anticristo é o medo e o ódio, que têm origem na dor que carregamos; nas feridas de exclusão e humilhação.
Tem sido difícil para a entidade humana se libertar da cola dessa identificação. Tem sido difícil se libertar nos sentimentos negados que fazem você ficar preso na sua criança ferida. Eu sinto que nessa nova fase, esse processo de desidentificação será mais fácil. Eu sinto que, em algum momento, nós conseguiremos ativar a lei do mínimo esforço, o que vai aumentar a possibilidade de você colocar seus dons e talentos em movimento sem muito esforço. Você faz pouco esforço e realiza muita coisa.
Até hoje são raras as pessoas que desfrutam do benefício da lei do mínimo esforço. São raras as pessoas que vivem nesse estado de relaxamento e de confiança. Essas pessoas sabem que tudo está certo; que tudo caminha para a luz, para a união, para a construção, para prosperidade, para saúde... A grande maioria tem que fazer muito esforço. Você anda um passo para frente e parece que anda dois para trás. Parece que você está tentando se salvar da areia movediça. Esse é o sofrimento que te puxa para baixo.
Pouco a pouco nós estamos conseguindo transitar do sofrimento para a alegria. Do sofrimento para o jubilo.
Uma das principais características dessa fase é justamente uma completa mudança do tempo. Embora o tempo do relógio continue o mesmo, o tempo interno é outro. Internamente tudo está acontecendo tão rapidez que você não consegue acompanhar. Se você tenta acompanhar, inevitavelmente você será lançado ao sofrimento. É quase como se essa mudança no ciclo do tempo interno estivesse forçando você a relaxar, a entregar. Porque você não consegue controlar. Eu sei que você está tentando controlar, e quanto mais você tenta mais você é esmagado.
Eu sinto que é um tempo de abandonar a pressa. A necessidade de chegar a algum lugar. Esse novo ciclo do tempo nos convida a estarmos presentes; a estarmos completamente aqui e agora, simplesmente observando tudo que se passa.
Isso não implica em inércia física. Você pode estar em atividade, desde que a sua mente esteja quieta.
Você está sendo convidado a entrar nessa frequência; na frequência de calma e silêncio; a frequência do testemunhar, o testemunhar que trás calma e silêncio. Toda ação que nasce dessa presença é o amor em movimento, que gera um karma libertador. É sempre um movimento em prol do bem comum, sempre visando o bem-estar coletivo. Esse é o autêntico altruísmo: não machucar ninguém e servir a todos, baseado no verdadeiro sentimento de ver o outro feliz.
Vagarosamente nós vamos iluminar ahimsa, a não violência vagarosamente vamos iluminar odharma. Vagarosamente vamos iluminar prema, o amor, e sachcha, a verdade irrefutável. Pouco a pouco vamos dando passagem para as virtudes da alma. Não brigue com a sombra quando ela surgir, apenas observe. Estando identificado com a sombra, você pode experimentar episódios de terror e pânico. Tenha calma e paciência. Procure respirar profundamente e se conectar com o conhecimento de que esse pânico acontece somente porque você está resistindo a se entregar. Você está resistindo a uma coisa que já perdeu o prazo de validade. Você está segurando um ponto de vista, um drama... Mas, já acabou. Se você for estudar o pânico, por trás, você verá que há obstinação. O pânico é você tentando segurar uma parte de você que já se foi. A novela acabou ontem, e você liga a televisão e quer ver a mesma novela. Então você entra em desespero. Mas, você precisa aceitar que acabou. Tem uma parte em você que acredita que não vai sobreviver sem a novela. Tem uma parte de você que não acredita que pode sobreviver sem sofrimento. Imagina se minha namorada decide me amar; se meu namorado decide dizer sim para mim... Quê graça vai ter a vida? Considerando que a graça da sua vida é brigar. Mas, isso está acabando. Quando acaba uma novela, normalmente tem a reprise do último capítulo, mas é só um dia de reprise, porque a emissora chegou no entendimento que não vai ter mais o “vale a pena ver de novo”. É um hábito no Brasil que as novelas se repetem. É incrível como as pessoas assistem tudo de novo. Elas vivem os mesmos sentimentos e emoções.
O externo é só um reflexo do que acontece dentro.
Que possamos ter a coragem de renunciar esse hábito de assistir de novo e de novo a mesma novela (essa novela interna); esses dramas onde você é sempre uma vítima. Isso é só um drama, um produto da sua imaginação. Você não é uma vítima, você está onde se coloca. Com a graça de Deus, você vai perceber isso. Pouco a pouco você se torna senhor de si mesmo. Você cria o seu próprio destino.
Abençoado seja cada um de vocês. Que possamos nos afinar com os códigos divinos da gratidão."

(Prem Baba)

domingo, 6 de julho de 2014

Sobre o ego por Eckhart Tolle

Hoje reli um texto meu de alguns anos atrás, onde eu vivia uma intensa crise existencial.

E pude perceber que o que me ajudava a transcender o sofrimento era justamente a ideia da transcendencia do ego - deste eu repleto de desejos, angustias, expectativas, rótulos, julgamentos, comparações...

Ao final do texto, eu ia me acalmando diante da percepção de que tudo o que existe vem da mesma Fonte, de que o Todo está em constante transformação, a vida está sendo, a vida está sendo através de nós, de cada um, e portanto, somos todos Um.

Pensar que sou minha mãe, meu pai, meus irmãos, meus amigos e desconhecidos,
que sou a seca e também a enchente, o equilíbrio e o desequilíbrio,
sou a lágrima no olho do aflito, e também o amor que inspira poesia,
sentir que sou um com o Todo, alivia, esvazia, transcende o eu que se pensa ser separado, sozinho, solitário.

Este vídeo (e muitos outros do mesmo autor) explica com bastante clareza sobre este assunto tão complexo do ego, ou melhor, sobre este assunto tão profundo do sentido da vida.


sábado, 15 de junho de 2013

sua saudade
agora tem raiz na liberdade

e meu amor só cresce,
a cada flor que aparece

nos galhos dessa árvore infinita.

quinta-feira, 4 de abril de 2013


sou um universo inteiro, você é outro.
nunca seremos tão previsíveis..
temos o infinito para conhecer.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Primavera de 2012

A primavera chegou, e o Sol está brilhando mais forte do que nunca no horizonte do nosso pequeno planeta azul.. Sinto a grandeza da transformação que está ocorrendo, tanto interna quanto externamente (no planeta como um todo).

Estes tempos tem sido bastante difíceis, dolorosos, tudo muito intenso. As crises, os medos, todas as paranoias vindo à tona. E não teria como ser diferente, as feridas precisam se mostrar, doer, para poder sarar. O que ficou escondido no passado, o que foi reprimido, o que não foi aceito e absorvido, aparece tudo de uma vez, sem dar aviso.

Sinto-me despencando em forma de tempestade..
Quantas dores, quantas lágrimas tenho para colocar pra fora?

É forte, turbulento, dá impressão de que tudo isto não vai passar... O caos parece tão nítido, como o escuro é para a noite.

Mas pensando com calma, mesmo a noite, a densa madrugada, tem estrelas que pingam como véu, e de tempos em tempos, aparece inclusive uma enorme Lua, feito bola de cristal, abajur do nosso céu. Sem esquecer do principal, que a noite prepara o dia pra nascer, e o escuro só é escuro, porque a luz está para chegar, irradiar e preencher.

Os mestres já nos diziam, que o escuro não existe, o que existe, na verdade, é a ausência de luz.

Aos poucos vou percebendo que não precisamos presenciar milagres sob a forma de testemunhas, para crer no Divino, mas é uma questão de sentir que nós somos parte do Divino, somos energia além da materialidade, e cada detalhe, cada flor, cada aroma que posso sentir, toda a existência é um milagre.

Nós nos prendemos, nos apegamos à materialidade, às pessoas que amamos, como se fôssemos todos separados, diferentes, vivendo entre lacunas. Queremos ter garantias de durabilidade e veracidade, queremos promessas, e juras de amor, queremos fazer parte daquela antiga história infantil "e foram felizes para sempre", tudo porque queremos acreditar que somos eternos. Aceitar que a vida é transitória, e que está em constante mutação, às vezes, é bastante difícil.

O eterno está nesta movimentação de energia, que ora se encontra em expansão, ora em retração, e a vida é assim, um mistério, em constante transformação. Importante ter consciência (e cultiva-la) de que nós somos esta energia, nos transformando o tempo todo, e portanto, somos a eternidade, transcendendo o tempo e o espaço como acreditamos conhecer.

E aos poucos vou aceitando todos os sentimentos que estão surgindo, todas as sensações, todos os medos, ao invés de lutar contra eles. Receber o que vier, e deixar passar, deixar ir embora, não me apegar aos sentimentos todos.

Como observar uma nuvem se aproximando, esperar que ela se transforme em chuva, e depois que você se distrai com o refresco da chuva e com a luz do Sol que logo voltou, você percebe que a nuvem já não está mais lá, transcendeu, e finalmente clareou.

domingo, 23 de setembro de 2012

Conto por Monja Coen

(...) ele chegou e se insinuou em seu coração. de frio, o sangue jorrou quente, pareciam cascatas nas veias, no coração. apaixonou-se, entregou-se, perdeu-se. depois, ele se foi. ela começou a procurar. só que não procurava por ele, mas procurava por ela mesma. onde teria estado? quem era? o que queria? o que é a vida?

quanto mais questionava, mais se enredava. como se comesse a própria cauda, girava em torno de si mesma. repetia padrões e ações. amava e desamava mais facilmente que todas as amigas. sofria, enciumava, brigava, ficava só e chorava. depois tornava a se arrumar, a sair, a procurar.

um dia aconteceu. quando menos esperava, percebeu o sonho em que se enredara. parou de procurar em outras pessoas aquilo que só nela encontrava. ficou tranquila de tudo, sorrindo de novo pro mundo. já não se importava de engolir sapos. tudo fazia parte desse perceber profundo.

a respiração, o ar, o corpo, os odores e o mar. falou sobre reencarnação. falou do renascimento. contou do mar e suas ondas, das águas que são gotas a girar. gotas que formam marolas, ondas enormes, espuma e tornam a voltar a ser mar. sem nunca haver deixado de se-lo.

qual seria o princípio, o início, a causa número um desse constante desabrochar? como Xaquiamuni Buda, ela soube silenciar. dedicou-se a cuidar das pessoas, das coisas, dos animais, da terra e dos vegetais. cuidava dos passarinhos, dos cupins e dos golfinhos. todos eram exatamente iguais.

importantes pois que, sendo, permitiam que ela fosse e compreendesse a grandeza do saber de interser. percebeu que jamais ficava só. pois havia o ar, as estrelas, e o luar. pernilongos e formigas fazem parte do grande tear.

no barulho do dia, ela se moveu como um Sol. brilhante e clara. seu riso era sonoro, seu mover, silencioso. quem a visse se encantava com os olhos profundos e a fala calma.

então, ele voltou e pediu perdão. perdão de que? de te ido? de ter feito sua vontade? de ter percorrido o mundo num só segundo? ele chorava e tremia, falava tudo que vira. guerras e aflições, fomes e convulsões, explorações e mentiras que levavam povos às guerras, à fome, à ruina.

ela ouvia e o embalava dizendo apenas: "isso passa".

mas para passar dói tanto, arrebenta, faz ferida.

"isso passa, veja a vida"

ele ergueu os olhos úmidos e percebeu que tudo luzia. as folhas nas árvores, o céu, as nuvens, até os carros.

ainda não convencido perguntou: "de que serve essa beleza se há dor, se há tumor, se há maldade, heresia?"

"serve para abrandar o seu dia"


(Monja Coen)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

é de paz interna que ela fala,
vida efêmera, borboleta,
que só se sente transformada
quando se liberta,
se movimenta.



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

expansão, retração, expansão, retração, expansão..

quarta-feira, 25 de abril de 2012

ela se deita no chão de terra
abre os braços e as pernas
sente o mundo rodar

percebe que o mundo não roda sozinho
ela roda junto e,
como é difícil parar

neste instante então, ela para
respira fundo e não fala
deixa seu corpo se aquietar

consegue sentir a intensidade da vida
passar pelo corpo todo
na efemeridade do respirar